sábado, agosto 20, 2005

CASO 14 - Equipe


Uma pausa para dizer que equipe é tudo. Melhor do que fazer o que se gosta é fazer bem acompanhado. Aproveito para apresentar meus grandes amigos, de todos os dias, que enfrentam problemas grandes e pequenos, sucessos e insucessos e que se ajudam incondicionalmente;...coisa rara hoje em dia. É por isso que valem o peso em ouro!
Esquerda para direita: Dr. José Carlos Dal Ponte, Dr. Jordão Andrade, Dr. Darcy Ribeiro Pinto Filho.

CASO 13 - Dilatação esôfago-gástrica





A cirurgia da neoplasia de esôfago é uma das atividades que mais me motiva. Tanto motiva que continuo operando a despeito de todas as complicações que o procedimento pode apresentar. Quando, porém, um paciente evolui sem intercorrências, a gratificação supera toda a angústia que as dificuldades podem trazer. A prática leva à redução das complicações e, como diz o ditado, só não tem complicação quem não opera! Ou ainda, se você não tem complicações provavelmente está operando pouco! E uma das complicações é a estenose da anastomose esôfago-gástrica cervical; com ou sem fistulização. Tentei encaminhar para dilatação, porém a abordagem do endoscopista clínico, pelo fato de não ter operado, tende a ser mais conservadora. Decidi, então, passar a manejar este carma! Hoje eu dilato utilizando, se necessário, um endoscópio, para guiar um tubo oro-traqueal. Inicio utilizando tubo de 5.0 mm para avançar sobre a área de estenose. Em seguida retiro o tubo com o balonete inflado. Vou aumentando progressivamente o calibre do tubo até chegar ao 9,5 mm, sempre retirando o tubo com o balonete inflado. Não rompi nenhuma anastomose, até agora...

Assustador? Pode crer.

Atualmente tenho construído a anastomose cervical em 2 planos: um plano somente mucoso, com vicryl 4-0 e um plano somente músculo-seroso, com seda 4-0. Fica muito bom e, creio, a incidência de fístula ou estenose deve reduzir bastante.

Outro comentário é o que o Francisco, residente do segundo ano do glorioso Hospital N. Sra. Conceição, me passou. Fazer EDA aos 30 dias de alta, para romper a fibrose em fase incipiente e reduzir a chance de estenose. Boa! Um abraço ao pessoal do Conceição, em especial ao Chefe Rosenberg!

sexta-feira, agosto 19, 2005

CASO 12 - Empiema e SIDA




BCP de evolução arrastada em imuno-deficiente, complicada por empiema fase II. Tratamento por videotoracoscopia e debridamento. Pulmão parcialmente expansível ao término do procedimento. Ocupação do espaço pleural obtida com aplicação de aspiração contínua no sistema de drenagem.

Demorei para postar porque estava montando o site da SOCITORS. Visite: socitors.blogspot.com.

quinta-feira, agosto 11, 2005

CASO 11 - DPOC e Enfisema bolhoso








DPOC severo/Enfisema complicado por pneumtórax hipertensivo à direita. Tratamento inicial por descompressão com abocath 14 em sêlo d'àgua. Drenado o tórax a seguir. 10 dias depois, dreno borbulhando. Toracotomia lateral com bulectomia (LSD).

terça-feira, agosto 09, 2005

CASO 10 - Raynaud




Raynaud grave com lesões cutâneas no rigoroso inverno de Caxias do Sul. Encaminhado para simpatectomia. Melhora visual discreta da perfusão no pós-operatório imediato, bastante desestimulante para o cirurgião. Para o paciente, porém, sensação de aquecimento e redução da dor imediatas. Resultado a longo prazo?

segunda-feira, agosto 08, 2005

CASO 9 - BCP x EMPIEMA fase II

















Masc., 30 anos, BCP segmento superior de LID em TTO há 10 dias. Melhora radiológica da consolidação, porém apresentando piora clínica por dor ventilatório-dependente. TC: BCP em contato com pleura parietal e derrame pleural de pequeno volume. Realizada pleuroscopia.
Imagens da BCP com broncogramas e aderida à parede em TC e pleuroscopia. Debridamento com pinça de anel. Coleta de derrame turvo. Limpeza da cavidade. Bloqueio intercostal com bupivacaína. Drenagem: 30 anterior e 32 posterior.

domingo, agosto 07, 2005

CASO 8 - Anastomose esôfago-gástrica cervical







ANASTOMOSE ESÔFAGO-GÁSTRICA CERVICAL SEM DRENAGEM.

Recentemente, após o término de uma anastomose cervical pós-esofagectomia, encontrando-se a ferida operatória em muito boa condição e sem aparente espaço para coleta de secreção, optei por NÃO DRENAR (penrose 20 ou 1). Ocorreu boa evolução, sem infecção ou fístula. Assim também ocorreu no caso seguinte. Após discussão com os colegas cirurgiões gerais parceiros em cirurgias de esôfago, Drs. João Lionço e Márcio Festugato, decidimos não mais drenar a ferida cervical. O Dr. Lionço pesquisou o assunto e encontrou artigo do Dr. Urschel, em modelo animal (rato), concluindo que o dreno de penrose favorece a infeção e fistulização cervical. Hoje a minha rotina é não drenar a ferida cervical. Aos que se interessarem, boa cirurgia!

sexta-feira, agosto 05, 2005

CASO 7 - Massa abdominal e mets pulmonares





Massa pélvica avançando para hipogastro e fossas ilíacas. Massa pulmonar em LID. Nódulo em LSE.
HD: Neoplasia pélvica associada a massa metastática pulmonar em LID e nódulo metastático em LSE.
Submetida à broncoscopia flexível com achado de compressão extrínseca de brônquio da pirâmide basal direita, rígida. Na porção posterior e distal do brônquio há lesão vegetante infiltrando a mucosa. Coletado LBA e realizadas 4 biópsias da área afetada. Aguardamos estudo tecidual.

CASO 6


Resultado final

CASO 6


Segmento de ápice do LSE ressecado

CASO 6


Ressecção

CASO 6


Demais imagens do procedimento. Foram 3 acessos, um para trocar de 10 mm submamário, um para trocar de 12 mm em quinto EIC, lateral à mama e o último para trocar de 5 mm em região axilar. A óptica de zero graus foi posicionada no trocar submamário. O grampeador foi introduzido no trocar lateral à mama e o trocar axilar de 5 mm foi utilizado para preensão do ápice pulmonar. A investigação da cissura não evidenciou outra área de blebs. O ápice do LSE apresentava tecido espesso e fibroso, comum em áreas de blebs. O ápice foi ressecado com 2 cargas. Seguiu-se a pleurodese abrasiva com gaze e o posicionamento do dreno. Devo, em breve, disponibilizar o video digitalizado.

CASO 6











Pneumotórax espontâneo primário. Dispnéia e dor torácica significativas. Sutura pulmonar e pleurodese (ressecção de blebs em ápice de LSE + pleurodese abrasiva) por videotoracoscopia. Dreno utilizado: 24 Fr. Cirurgia 20:00h. Alta no dia seguinte, às 11:00h!